Tudo que acontece ao redor deve ser relatado. Tanto faz no mundo, na imaginação ou em outra dimensão.
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Epílogo de uma Existência (III)
quinta-feira, 26 de agosto de 2010
Romance, Livros e Glicose - I
Sentia dentro de seu coração um abissal vazio, porem achava-se na solidão de seu livro, o conforto. Durante um instante parou de ler o livro o colocando ao seu lado... Estava pensativo parecia longe...
A lua ao iluminar sua face parecia dividir sua face em duas, uma sóbria e a outra melancólica... Não parava de pensar. Voltava em sua mente aquela que um dia desejará e hoje não se encontra ao seu lado.
Saiu do quarto desceu para a sala, a onde à sua espera estava um copo de Uísque. sentou-se em sua poltrona ligou o som, mas a musica que tocava ele não prestava atenção. Seu corpo sentia tocado por uma aflição aguda, seu coração parecia dar-lhe socos no corpo, sua respiração se tornou ofegante, o copo da bebida não surte o efeito esperado de aniquilar seus vãos pensamentos.
Ainda sentado começa a chorar, achei que estava chorando sem motivo ou por efeito da bebida, mas não, chorava por ela, sentia ela em seus braços, porem tinha certeza que não a tinha. Os minutos se tornam horas e ele parado sem saber o que fazer. Buscou em si resposta, aquelas que jamais iria obter em sua vida terrestre e volúpia.
Voltou a realidade, subiu no quarto pegou sua jaqueta, ao lado do livro estava a chave do carro, já dentro do veiculo escutava musica na radio, seria impossível pará-lo, estava decidido, era tudo ou nada. Chegou perto de uma casa, desligou o carro e esperou, não sei se esperou por medo ou para averiguar se existia mais alguém na residência.
Não estava surpreso, não avia ninguém lá alem dela, desceu do carro silenciosamente chegou a porta e tocou a campainha. A luz da sala ascendeu e um vulto apareceu na porta. Era a moça, porem assustada ao receber a visita do rapaz, parecia não querer vê-lo.
Com genstos rápidos, se aproxima o homem da moça, e a busca em seus braços, não estava ligando pra nada e deu-lhe um beijo. Pra ela isso foi uma prova de amor, pra ela o começo da duvida, logos após o beijo a moça o convida para entrar...
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Castelos de areia desmoronam!
Creio que optaria viver no castelo de Drácula, é mais confortável e adequado. Também não sei por que diabos me inventaram essa analogia, castelos areia = vida, sonhos: odeio praia e areia! Acredito que deve ter sido alguém que eu odeio - Fato!
Maldita hora em que comecei a arquitetar esse castelo, já aconselhando: não adianta almejar construir seus sonhos se não valem a pena. Eu tentei construir os meus e uns infelizes já os aniquilaram. Bem, nada mais justo que uma vingança, só que ao invés de extinguir só os devaneios deles, quem sabe eu não termine o resto e acabe com tudo de vez?
Além disso, quem sabe volto a construir meu castelo, mas agora ele irá ser de concreto, para ver se não será devastado, pois já estou sem meus sonhos, e minha vida... Entendo que reconstruindo tudo volvera ao que era antes - ou não! O importante é não desistir (eu já desisti).
domingo, 15 de agosto de 2010
Só de passagem
Estava sentada como de costume olhando para o nada. Na verdade, olhar para o nada é muito. É a coisa mais interessante para se fazer, pois me permite viajar para dentro de mim e me procurar no lugar certo. Só que desta vez alguém me tirou de lá.
Com uma risada contida e o rosto vermelho, uma chimpanzé loira de unha verde fluorescente, muito parecida com todas as outras que estampam as capas de revistas para chimpanzés, se aproximou e me disse “Ei, para de viajar na maionese e volta pra realidade. Você está parecendo uma doida.” Nesse momento, todos os chimpanzés com que convivo diariamente riram de mim. Respirei bem fundo e repeti mentalmente aquela que praticamente virou meu mantra: “EU NÃO PERTENÇO A ESSE LUGAR. ESTOU SÓ DE PASSAGEM!”.
Pensando bem, eu não pertenço a lugar algum, pois o lugar a que pertenço não é físico, e eu o posso chamar só de meu. Pelo menos é o que eu acho, é o que eu prefiro achar. O lugar a que pertenço é a minha mente, meu consciente e meu subconsciente, principalmente à esse último, harmonioso sótão de minha morada.
No meu confortável lar, sou miserável, sou rainha, sou filósofa, sou aventureira, sou maga, sou artista, sou livre, sou deus. Deus não! Isento-me dessa responsabilidade de criar as coisas, pois o que eu quero é me deixar ser inventada, não pelos ignorantes forasteiros, chimpanzés que imitam a idiotice uns dos outros sem nem ao menos saber o motivo, mas pelo imenso Teatro que guardo em meu porão e pelo Circo que se criou em meu sótão. Quero ser inventada pelos inúmeros personagens que moram comigo, dos Palhaços às Bailarinas, dos Shakespeares aos Leões, dos Trapezistas às Camponesas, dos Cavaleiros aos Dragões. Eu quero me encontrar com a minha realidade. Quanto às outras, estou só de passagem.
segunda-feira, 9 de agosto de 2010
1º Pecado: Luxúria
Antes que me critiquem eu pergunto, quem de vocês nunca quis comprar ou ganhar algo sem extrema necessidade? Tem mais, o que você comprou, você já usou? Tem um exemplo que já vivi.
Estava comprando perfume em uma loja quando, de repente, alguém me aborda e fala, “nossa pra que gostar de usar tanto perfume? Isso é gastar dinheiro, você vai pro inferno (uma pausa rápida, vai pro inferno a senhora, porra!) isso é muita luxúria” . Respondi: “bem se eu vou pro inferno a senhora também vai, por que esta com uma sacola imensa, cheia de roupa e que não vai usar mais de duas vezes, e isso também é luxúria”.
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Meu Espelho...
Em meu espelho, algumas faces me intrigam: a piedade, a dor e a solidão. Será esse meu destino? Espero que não. Bem, não sei, acho que tudo que esta refletido nesse espelho é o que eu realmente sou. Próximo da dor, outras duas faces surgem, o medo e a feiúra. O medo de fazer alguém sofrer. Já a face da feiúra acaba com tudo que ainda restavam em mim.
Essa visão horrenda está se repetindo todos os dias, já não consigo fazer mais nada se não pensar nessas faces. Paro para refletir. Aquilo que eu tinha pensado antes é a pura realidade, o espelho nada mais mostrou do que eu. Já não sou mais nada.
Sei que esse espelho só me mostrou a minha crueldade, mas será que ainda resta algo de bom em mim? Acho que não, e, mesmo se eu perguntasse, jamais obteria respostas. Já estou em lágrimas. Já não suporto mais ver essas imagens, saber que já magoei alguém.
Chega! Desisto, não sei o que fazer. Já pensei em procurar amigos, mas não quero atormentá-los, e a família, que também não a quero preocupar. É melhor eu continua a me isolar. Mas antes, ainda me resta algo a fazer... pronto já quebrei o espelho!
Em pedaços, aquilo que antes me refletiu agora está quebrado, porém junto com ele foram as minhas faces e já não estou mais preso àquela solidão, àquela dor imensa. Preciso agora refletir, pensar no que eu realmente sou, aquilo que perdi ou que nunca procurei no meu coração. Será que tenho chances de mudar?
Olha, que engraçado, até aquela sensação de feiura e de dor se foram. Acho que foi a coragem que me ajudou a lutar, ou a canseira que já queria que eu largasse dela...
quarta-feira, 4 de agosto de 2010
Contos Cotidianos
“Que delícia! Está do jeito que eu gosto”, pensou ela .
O calor em seu corpo parecia ser capaz de colocá-la em combustão. Virou-se de costas, meio manhosa, o suor escorrendo-lhe pelo corpo.
“Realmente, uma delícia”, pensou.
Mas sabia que faltava algo. Tão logo imaginou esse algo, um homem surge anunciando-o.
“Homem de Deus! Parece que leu meus pensamentos.”
Levantou-se.
Assim que o avistou, e seu objeto de desejo, não conseguiu desviar os olhos. Só de imaginar, sua boca enchia-se de água. Até já podia sentir o sabor adocicado.
Ao aproximar-se do sujeito, que ainda anunciava, a já faminta mulher, apontando para o que lhe atraia, disse:
- Eu adoraria um agora!
- Mas é claro senhorita! - respondeu o homem, abrindo um largo sorriso – Tens alguma preferência?
- Um, não sei. Gosto de tudo. Creio que quanto mais doce melhor. Qual o senhor me indica?
- O de coco então. São R$ 3,00.
A mulher lhe pagou e voltou satisfeita para o seu lugar. Nada como tomar um bom picolé na praia em um tarde quente de verão!
O Maravilhoso Mundo da Crise
Acho que essa é a pior sensação que alguém pode sentir, pois é; uma angústia; uma dor no coração até mesmo uma sensação de vazio, e a cada momento parece que essa aflição aumenta. Nunca tive tantas dúvidas de mim, muitos podem dizer que é uma bobagem, coisas de adolescente, tem gente que nem se lembra o que é isso e ainda palpita na vida dos outros.
Com certeza total, essa minha tristeza, eu já sei o motivo, o problema é como resolver, em certos momentos da vida temos que tomar decisões que podem custar muito caro. Por sorte ou não, eu compartilho desses mesmos problemas com outras pessoas, então, BEM VINDO AO MUNDO DA CRISE! Nesse mundo estão a crise: da meia idade, da velhice, as dos sem rumo, e a dos sem dinehiro e outras mais
Não que estar nesse mundo seja algo agradável, mas ele se torna curioso, e vasto, na maioria dos casos acredito eu que todos consigam sair desse mundo de crises. Esse mundo de crise é adverso e psicológico, nem sempre nossas crises têm motivos concretos.
Isso não é um momento de levanta minha auto-estima para tenta me alegrar – não, não mesmo – só estou mostrando que a crise é algo de momentos. Até porque se estou falando desse mundo que pra mim é tão escuro, e duvidoso é por que eu já estive e estou nele... Quando vou sair?... Não sei... Quem sabe quando eu realmente me descobrir.
Com cada um vivem em uma situação de crise diferente, as soluções muitas vezes é fácies, até mesmo o desejo de comer aquele doce, daquela confeitaria, pode deixar a pessoa em crise, mas tem solução.
Uma coisa que percebo, e falo isso por me observar, é que são nesses momentos, que eu quero me isolar mais do mundo, não pra não prejudicá-los, mas por intenso medo. Até tenho meus momentos de tentativas de sair dessas crises, afirmando que jamais voltarei a elas, mas é tudo mentira.
Gostaria que um dia eu pudesse sair desse mundo, talvez, quem sabe, por um tempo bem longo e indeterminado.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
Uma conversa Comigo
Mas ainda há dentro de mim algo quente, não parecer ser meu sangue, pois este nem existe, foi substituído por veneno. É algo sem explicação que por mais por baixo que eu me encontre mais ela tenta me puxa para que eu saia do buraco. São nesses momentos que me sinto brigar comigo mesmo, parece a briga entre o bem e o mal aonde os dois possuem forças tão grandes que quase si igualam sempre.
Ai eu sento mais isolado ainda do mundo, e começo a chorar, eu, desesperado, não tendo ninguém que eu posso chamar para me ajudar, acha que nem sei o que pensar... Para que pensa nessas horas?
Eis o momento que durmo, em instantes me deparo com uma forte luz, parece pegar fogo... Meu coração começa a acelera, esta descompassada. Com mais clareza e espantado vejo meu reflexo. Começo a pensa que meu cérebro esta fazendo uma brincadeira de mau gosto.
O meu EU, que esta em chamas diz ser aquilo que estou perdendo com o passar do tempo, pergunto a ele se é a esperança, ironicamente já sei a resposta, ele me disse que ele era parte da minha alma.
Com um ar de cuidado me disse que existia alguém que jamais me abandonaria, curioso perguntei quem... Com um olhar bem seco minha alma responde que a única pessoa na face da terra qual tem que me ajudar, sou eu mesmo.
Depois dessa rápida conversa, comecei a refletir mais sobre isso, vejam, se sou eu que em inúmeras vezes arrumo a confusão sou eu mesmo que tentarei achar a solução, foi a partir daí que percebi que não estava e nunca estarei só.
Acho que depois dessa conversa consegui evoluir muito mais, hoje meus amigos só me dão valor por que eu me dou valor, minha família sabe que existo hoje porque pra mim eu estou aqui, foi nesse embalo que percebi o quanto eu me odiava.
Bem, sair do poço é difícil, mas eu acho que já estou terminado de sair dele, espero não cair em outro poço... Espero um dia poder ter outra conversa semelhante a essa, ou não, pesando bem se tiver outra conversa assim acabarei levando outra bronca.