Em uma tarde, andando perto do lago vejo uma moça, me parece familiar, me aproximo, mas não mostro a minha presença, só a observo de longe, uma moça de vestes brancas, cabelos cor de fogo, pele tão branca e com um olhar tão puro quanto à água do lago.
Vejo que em seu rosto, lagrimas, chora aparentemente por alguém, perto dela esta um punhal, será que matou alguém? Creio que não, se não a adaga e suas roupas estariam sujas de sangue.
Aos poucos vou me aproximando não quero assustá-la, já perto a chamo pelo nome, porem a moça continua chorando, seu olhar para mim mostra uma tristeza muito mais profunda do que a que eu percebi da primeira vez. Abraço-a tentando consola sua dor e amenizar sua tristeza.
Já mais calma me conta o motivo que choras e por que esta com o punhal, conversando com ela tento tirar de sua cabeça a horrorosa idéia. Dessa vez eu que estou a chorar implorando para não cometer tão ato, mas de nada adianta ela esta irredutível.
A noite chega, a lua cheia reflete nossos olhares, parecem tristes um com o outro, com muito custo convenço ela a desistir desse ato insano. Acompanho-a até sua casa, logo me pede de volta o punhal que até aquele momento estava em minhas mãos, com um pressentimento ruim devolvo o objeto à dona.
Em minha casa penso no acontecido, fico inquieto, como se estivesses esperando algo, mas logo me deito em minha cama, tento pega no sono, mas esta difícil. Conseguindo dormi a bela jovem ainda não me sai da cabeça, em meus sonhos eu já penso o pior.
Subitamente acordo meu coração esta apertado, sinto uma falta de ar, logo me arrumo e corro desesperadamente para o lago, pensando no pior possível. Chego ao local onde tudo começou, ao chegar o que eu mais temia aconteceu, ela morreu, o punhal que carregava estavam manchadas com seu sangue, suas vestes está suja com um vermelho vivo, tua pele ficou ainda mais branca.
Seu olhar de tristeza se mistura com um olhar de dor, seu olhar esta voltado pra lua, o que parece pedir desculpas a ela, ponho seu corpo em meu colo abraçando com força aquela que já foi muito mais que uma amiga. Estou chorando não sei se sinto a dor que ela sentia, mas estou triste por não ter feito mais nada para pará-la.
Mas algo estranho acontece do sangue derramado nasce uma linda rosa vermelha, vermelho vivo igual seu sangue, um vermelho carmim, essa rosas parecem exalar o perfume dela, em seu coração uma rosa negra com um cheiro doce e por último por volta de seus cabelos nascem flores brancas, representam a paz que ela se encontra.
Diante essas flores faço uma promessa, proteger e cuidar dessas rosas para que eu possa ter a lembrança de você, assim com elas tentarei não falha assim como falhei com você.
Em seu cultivo, as flores se mostram venenosas e meu sangue parece se acostuma com esse veneno, será que de tanto amargo seu sangue tinha se transformado em veneno? Espero que você um dia possa me perdoa.