domingo, 19 de dezembro de 2010

O Mistério das Rosas

Em uma tarde, andando perto do lago vejo uma moça, me parece familiar, me aproximo, mas não mostro a minha presença, só a observo de longe, uma moça de vestes brancas, cabelos cor de fogo, pele tão branca e com um olhar tão puro quanto à água do lago.

Vejo que em seu rosto, lagrimas, chora aparentemente por alguém, perto dela esta um punhal, será que matou alguém? Creio que não, se não a adaga e suas roupas estariam sujas de sangue.

Aos poucos vou me aproximando não quero assustá-la, já perto a chamo pelo nome, porem a moça continua chorando, seu olhar para mim mostra uma tristeza muito mais profunda do que a que eu percebi da primeira vez. Abraço-a tentando consola sua dor e amenizar sua tristeza.

Já mais calma me conta o motivo que choras e por que esta com o punhal, conversando com ela tento tirar de sua cabeça a horrorosa idéia. Dessa vez eu que estou a chorar implorando para não cometer tão ato, mas de nada adianta ela esta irredutível.

A noite chega, a lua cheia reflete nossos olhares, parecem tristes um com o outro, com muito custo convenço ela a desistir desse ato insano. Acompanho-a até sua casa, logo me pede de volta o punhal que até aquele momento estava em minhas mãos, com um pressentimento ruim devolvo o objeto à dona.

Em minha casa penso no acontecido, fico inquieto, como se estivesses esperando algo, mas logo me deito em minha cama, tento pega no sono, mas esta difícil. Conseguindo dormi a bela jovem ainda não me sai da cabeça, em meus sonhos eu já penso o pior.

Subitamente acordo meu coração esta apertado, sinto uma falta de ar, logo me arrumo e corro desesperadamente para o lago, pensando no pior possível. Chego ao local onde tudo começou, ao chegar o que eu mais temia aconteceu, ela morreu, o punhal que carregava estavam manchadas com seu sangue, suas vestes está suja com um vermelho vivo, tua pele ficou ainda mais branca.

Seu olhar de tristeza se mistura com um olhar de dor, seu olhar esta voltado pra lua, o que parece pedir desculpas a ela, ponho seu corpo em meu colo abraçando com força aquela que já foi muito mais que uma amiga. Estou chorando não sei se sinto a dor que ela sentia, mas estou triste por não ter feito mais nada para pará-la.

Mas algo estranho acontece do sangue derramado nasce uma linda rosa vermelha, vermelho vivo igual seu sangue, um vermelho carmim, essa rosas parecem exalar o perfume dela, em seu coração uma rosa negra com um cheiro doce e por último por volta de seus cabelos nascem flores brancas, representam a paz que ela se encontra.

Diante essas flores faço uma promessa, proteger e cuidar dessas rosas para que eu possa ter a lembrança de você, assim com elas tentarei não falha assim como falhei com você.

Em seu cultivo, as flores se mostram venenosas e meu sangue parece se acostuma com esse veneno, será que de tanto amargo seu sangue tinha se transformado em veneno? Espero que você um dia possa me perdoa.

sábado, 18 de dezembro de 2010

Sumir!

Estava sumido, mas lendo o que a Enigma escreveu me senti comovido (ta eu confesso não me senti comovido em nada). Não é facil ter um momento para escrever ainda mais quando estamos no terceiro ano, este momento de alta tensão é algo que realmente atrapalha o desenvolvimento de qualquer atividade extra.

Mas como estou de férias, a um outro fator que ajuda no meu sumiço, que é o jogo de computador, que me leva para outros mundos durante meu periodo de férias. Mas isso não vem ao caso, por enquanto continuarei ausente, porem tentarei  fazer um outro post alem desse !!!

terça-feira, 7 de dezembro de 2010

A Travessia

Por que esse homem está na minha frente, dentro de um barco? Por que pessoas que nunca vi na minha vida - mas de certa forma são parecidas comigo - embarcam e nunca mais voltam?

Tudo cheira a morte. Tudo ao redor é angústia. Tristeza é a única coisa vizívelnos olhos das pessoas. O rio quase não se movimenta e ouço lamentos ao invés do barulho da água. A areia próxima à água é mais fina e tem um cheiro fétido. Quanto mais longe da água, mais grossa a areia, até eu perceber do que ela é feita: ossos.

Onde estou? Quem são essas pessoas? Por que todas apesar de tão diferentes, são parecidas? Essas perguntas e outras estão voando pela minha mente.

O barqueiro voltou e e algo pesado surgiu em minhas mãos. Uma moeda de ouro, esculpida à mão. Os desenhos são bastante antigos, mas de uma civilização específica.

O estranho barqueiro pareceu, por uma fração de segundo, se iluminar com a moeda em minhas mãos. Alguém do meu lado me disse algo em outra língua, mas de algum jeito eu entendi. "Entregue ao barqueiro. Vá"

Fui ao barqueiro e entreguei-lhe a moeda. O barco navega pelo rio, formado por almas tristes e desconsoladas.

Me aproximo de uma porta imensa. Pessoas andam sem rumo depois da porta. Sinto o cheiro de grama morta (...).

terça-feira, 26 de outubro de 2010

Tempo

O Tempo é uma coisa que me desafia constantemente. Ultimamente, tenho visto cada segundo que passa escorrer pelos meus dedos, o Tempo implacavelmente me pressiona e me tortura, como se estivesse presa numa bolha e tudo passasse por mim incólume, como se fosse ficar onde estou para sempre.

Vejo pessoas aniversariarem, casarem, terem filhos, se formarem. E eu, sempre de longe, observo. Observo imaginando o que vou fazer quando me formar, quando fizer aniversário. Percebo a vida das pessoas à minha volta caminhar, enquanto me vejo presa ao imperdoável Tempo, que não me permite fazer o que eu realmente gostaria de fazer, que me obriga a préstimos sociais e acadêmicos em que eu não enxergo sentido.

Ao mesmo tempo em que me amordaça, preciso do Tempo para finalmente me libertar e poder fazer o que realmente desejo, que é viajar, ser mais atenciosa e menos pedante com meus amigos, estudar o que realmente me interessa. O Tempo me prende com uma luz no fim do túnel, o que torna a prisão mais difícil e penosa e, além disso, perigosa, porque não sei se os meus anseios de hoje farão sentido na nova pessoa que irei me tornar quando finalmente o Tempo me permitir as liberdades que desejo.

Terá a espera sido em vão? Por mais incrível que pareça, não. A prisão do Tempo nos transforma em novas pessoas, que enxergam além do que enxergavam quando se perceberam presas por ele, e que se tornam mais fortes, apesar do sofrer. O que será descoberto após o fim da angustiante jornada e se compensará o sofrimento, pertence ao Tempo, sempre implacável e inexorável.

A cada segundo que passa, me fortaleço. Sem saber pra quê, mas me fortaleço. A verdadeira força reside no suportar os momentos de fragilidade que a precedem. Tic-tac, tic-tac...



terça-feira, 28 de setembro de 2010

Pointless

Talvez eu esteja realmente ficando louca. Não sei bem dizer. Sinceramente, nunca fui a melhor pessoa para falar da minha sanidade mental, ou da sanidade alheia. Fato para se preocupar é saber que estamos com uma ideia fixa: ideias fixas levam pessoas à ruína. Já vi isso acontecer diversas vezes com personagens reais ou fictícios, mas quem não é um pouco de ficção hoje em dia?

Hoje eu acordei cansada, com vontade de dormir e de sonhar com você. Todos temos nossos desejos ocultos, o problema é quando esses já não são mais tão ocultos assim. Como lidar com algo que parece que está pronto para devorar-lhe até a alma, se essa é uma relíquia que ainda possui? Tenho medo de coisas grandes, principalmente das que parecem ser maiores do que eu. Ainda não me sinto forte o suficiente para enfrentar monstros muito maiores do que eu, mesmo sabendo que posso vencê-los, mesmo sabendo que tenho comigo não só a sua confiança, como sua força de dragão.

Pode ser só mais um caso de falta de auto-confiança ou de baixa-estima, mas não acredito que seja. Acho mais provável que seja algo como uma incapacidade temporária de expressar-me com clareza. A prova disso é esse texto que não é só sobre você, mas sobre mim e sobre ele: meu medo.

Sobre o que esse texto devia ser mesmo?

sábado, 25 de setembro de 2010

Nota:

estou cheia de coisas para dizer, mas simplesmente nada sai! Nada mais do que uma ou duas linhas de um texto repetitivo, que parece já estar escrito em algum outro lugar (dentro ou fora de mim). Começo a irritar-me com uma falta de originalidade e de criatividade que são tão propriamente minhas. Sinto que há algo simplesmente me impedindo de ser. Ser ou não ser? Eis a questão. Quando tiver a resposta, provavelmente estarei pronta para escrever novamente, como sempre. Até lá, sou um poço vazio. Para de tentar extrai de mim algo poético ou profundo. Será tão inútil quanto tentar tiver leite de pedra.

quinta-feira, 9 de setembro de 2010

Cnoc Fuar Choile

Antes de começar, gostaria de congratular o cantor Shane McGowan pela sua versão da canção irlandesa "Spancil Hill", fonte de inspiração e reflexão para esse turbilhão de insanidade. Aos interessados na música, aqui está a mesma no YouTube.
Enfim, vamos ao texto.

Em algum momento, apaixonei-me. Tenho este sentimento como meu pequeno tesouro que anda comigo a todos os lugares. Nunca deixei minha amada por muito tempo, mas, em uma fração de um sonho, parti. Com nada mais que meu pensamento, viajei por todo o cosmos e todo o tempo. Campinas, vales, estradas e desertos meus únicos companheiros de viagem.

Nesses sonho de andarilho (tão real que minha própria vida parecia uma ilusão perto daquilo), andava com nada mais que minhas próprias roupas, sapatos e forças. Talvez tenha partido em busca de alguma coisa que tenha perdido, ou simplesmente pelos devaneios de um longo dia.

Menti em dizer que as paisagens foram minhas únicas companheiras de viagem; o vazio do silêncio e esterilidade interior eram maiores que tudo que já experimentei e, acredito, que possa existir.

Na última parada da realidade/sonho um amigo alcançou-me, trazendo várias cartas e súplicas para que voltasse. Nenhuma delas me dava nenhuma boa razão para voltar. Havia um único objeto que não fosse feito de papel. Uma pequena caixa de vidro. Reconheci-a imediatamente: fora o recipiente de um importante presente que dera à única com quem me importei. Dentro dela, estava o anel. Perguntei a ele o que acontecera. Insisti muito, até ele me revelar a verdade: ela havia morrido.

Tristeza, depressão e desespero me levaram a meus último suspiros em uma terra desolada que deveria estar repleta de ouro e riqueza, com a única certeza de que nunca veria minha amada novamente e a dor de tê-la abandonado por um motivo que até eu desconheço.

Acordei com a imagem de minha amada na cabeceira de minha cama, o coração pulsava tão rápido que, a qualquer momento, achei que iria parar. A caixa do presente ao lado de minha cama só não foi capaz de me destruir por completo pois o calendário dizia: 09 de setembro.

Na manhã seguinte, após horas de insônia, reencontrei-a em seu lugar habitual. Abracei-a, beijei-lhe o rosto, fazendo uma única promessa solene a mim mesmo.

Se você, caro leitor, já passou por esse tipo de experiência, sabe qual promessa fiz. Caso contrário, espere, releia meu devaneio e, talvez um dia, conheça minha promessa.

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Noites

O que pode-se fazer durante uma noite anormal de fim de semana?

  1. Sair com os amigos, mas estão todos bêbados na casa de outro amigo;
  2. Sair com a namorada, mas ela foi dormir na casa de uma grande amiga;
  3. Ler um livro, mas alguém o roubou de você para poder lê-lo feriado;
  4. Fuçar em seu computador, mas não há mais o que fazer com ele;
  5. Dormir, mas a insônia me atinge;
  6. Andar a esmo, mas tenho de cuidar de minha irmã
  7. Ver um filme, de que adianta se todos já foram vistos e revistos?
  8. Trabalhar, mas prefiro manter minha sanidade;
  9. Sentar na frente do computador e escrever uma postagem em seu blog. É, essa é a solução.
Quais são as chance de todas as suas possibilidades de diversão e descanso estarem ocupadas? Por que se prender tanto a elas? Por que não simplesmente abandonar tudo e radicalizar, mesmo que só por um dia?

Não há o que se fazer! Estar preso a pequenos detalhes de uma vida que, nessas horas, parece tão mundana e sem propósito é quase tão ruim quando ser uma criatura inerte que vive às custas dos outros.

Como uma dia disse o grande sábio do rock'n'roll:

I'VE GOT TO BREAK FREE!
GOD KNOWS,
GOD KNOWS I'VE GOT TO BREAK FREE!

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Máscaras

Finalmente, depois de muito remexer na minha mítica Caixa, consegui encontrar um assunto que toca nas feridas do ego: as Máscaras. Não adianta dizer que não usa, porque todo mundo usa que têm, mais cedo ou mais tarde. Elas representam nossas várias facetas, nem sempre positivas e, principalmente, nossas fraquezas.

Como você usa suas máscaras sem perceber? Quando omite para os seus pais que ao invés de uma tranquila sessão pipoca na casa da sua melhor amiga, você fugiu para um show junto com ela. Quando, num bate-papo, inventa para alguém que já viajou pra tal lugar ou conhece tal pessoa, só para parecer mais interessante. Qualquer pessoa manipula as próprias máscaras como lhe convém, e não existe motivo para se envergonhar ou se sentir falso por também fazer isso. É da natureza humana, uma exigência do jogo de cintura da vida.

O problema é quando o transitar entre máscaras e a verdadeira personalidade se torna um hábito, uma muleta em que se carrega as fraquezas que não conseguimos superar. Assim, nos fantasiamos e fingimos ser o que não somos para tentar bloquear o vazio interior que nos consome, como se a máscara fosse uma ajuda para a descoberta de si próprio, sendo, no entanto, a pior das fugas. Nesses casos, a máscara cola, a autodescoberta não acontece, trazendo de brinde a frustração e a limitação.

Como nossas máscaras não são escolhidas, e sim descobertas a medida em que enfrentamos nós mesmos e as pessoas ao nosso redor, a incessante procura da felicidade perde a pressa quando conhecemos limites e temos conhecimento dos nossos próprios disfarces, soltando certas armaduras que nos fazem ver a vida passar por medo de se machucar. Desse jeito, ficaremos confortáveis em nossa própria pele, sem medo de viver.

sexta-feira, 27 de agosto de 2010

Epílogo de uma Existência (III)

Durante meu confronto com Carr não pude deixar de notar as vozes que ecoavam no vazio que se tornara minha casa em chamas. A cada choque de nossas lâminas varias luzes que se assemelhavam a uma espécie de fogo fátuo apareciam e nos limites da ilusão.

O eu que há um momento fora apenas um viajante por mais de vinte anos agora reencontrava seu desejo árduo pela batalha, pelo cheiro de sangue e cinzas, pela sensação de aço cortando carne, pelo som dos gritos de dor e agonia enquanto enviávamos os vivos para um mundo de tribulações no purgatório, que agora parece ser apenas uma mentira.

Meu adversário parecia também reencontrar sua paixão pela inevitável morte de um homem. Mas essa seria especial; vinte anos à espera de seu assassino devem ser o suficiente para construir uma cidadela de raiva e vingança. E a cada instante que se passava, minha raiva, meu ódio e minhas memórias também se tornavam mais vivos. A visão de minha família morta, dilacerada e destruída começava a se materializar onde aquele fogo fátuo se reunia para dar continuidade a seus cantos de desolação e desespero:

"Estuans interius ira vehementi
Sors immanis
Et inanis
Veni veni venias
ne me mori facias"

Não parecia haver fim para nossa guerra particular. Os cantos ficavam mais altos, mais altos e mais dolorosos. O insanidade de Carr transfigurava seu rosto a cada grunhido proferido. De tão concentrado que estava, não pude reparar que a ilusão também se transfigurava. Em uma última investida, ambos fomos atirados pela força do golpe do outro para os extremos do ambiente, uma praça em meio a vários prédios de concreto destruídos.

Quando ambos retomamos nossas posições, o silêncio absoluto, nem nossos corações ou respiração podiam ser ouvidos, o homem insano começou a proferir versos da canção dos fantasmas de minha casa:

"Veni veni venias
ne me mori facias
...
Haryuu no Hanekata!"

Com essa última exclamação, um anjo negro desceu dos céus. Trajava uma vestimenta preta com um capuz também preto, apenas sua branca mão esquerda (a direita estava coberta por um pedaço de armadura que se parecia com as garras de um demônio) e seus olhos profundamente azuis podiam ser vistos. Suas asas, repletas de penas negras, encheram tudo com sua escuridão, como se devorasse a própria luz. Desembainhou sua espada e veio, andando calmamente, em minha direção.

O som de suas botas colidindo com o concreto era a própria definição do desespero. Seus olhos azuis penetraram em minha alma e me forçaram a sair de minha tradicional postura, com a espada embainhada e segura na mão esquerda, com a direita pronta para sacá-la a qualquer momento.

Ao parar diante de meu corpo imóvel, o anjo ergueu-me no ar, usando nada mais que seu olhar demoníaco. Vitanova caiu de minha mão, deslizando para fora de sua bainha durante a queda. As inscrições, que antes de obter o anel de minha esposa estavam apagadas e ilegíveis, agora ressoavam com as da espada do anjo negro.

A paralisia que me afligira cessou e, com isso, meu corpo retornou ao solo. A força que sentia dos olhos azuis do ser a minha frente enfraqueceu, e ele cravou sua lâmina no chão, à frente de meus pés. Peguei minha própria arma e repeti o gesto, sem saber exatamente por que o fazia. "Deveria matá-lo enquanto tenho a chance! Depois, mato Carr com a arma de seu próprio truque.", pensei, mas nada pude fazer; o olhar da criatura ainda me tinha como refém.

"Vida e Morte; dois lados de uma realidade cruel. Guardei um dos lados como me foi ordenado, passo-o agora para seu legítimo herdeiro. Mas antes, devo punir aquele que me invocou sem merecer minha dádiva."

Com essas palavras frias, mortas, o guardião se voltou para Carr e caminhou em sua direção tão rápido quanto havia vindo em minha. Porém, o lunático não estava paralisado; avançou de forma bestial e pronto para desferir um golpe capaz de matar até os mais bem protegidos homens em suas armaduras.

Com um rápido movimento, o anjo desviou seu corpo da trajetória da arma, mas a magia negra que emanava da espada de nosso adversário foi forte o suficiente para ferir-lhe a asa esquerda. Ignorando a dor, retribuiu a investida com um golpe rápido no braço de Carr que segurava a espada, decepando-lhe o membro. Pegou a espada para si e, finalmente, atravessou o coração do bastardo. Nem uma unica gota de sangue foi derramada durante o processo.

O homem morto e sua arma desapareceram. A sala voltou ao seu estado inicial. Nunca o silêncio desse limbo para que fui enviado fora tão agudo e solitário. O anjo, que agora tinha apenas uma asa, permaneceu onde estava.

"Vida e Morte unidas mais uma vez. Sua jornada não acaba aqui. Sua segunda metade, Nostrum, jaz a seus pés. Use-a para encontrar o que procura."

E com essas últimas palavras, o ser que poderia ser meu assassino se foi. Sua asa amputada permaneceu na sala, juntamente com a bainha de minha nova arma, Nostrum.

Tão leve! Não haveria dificuldade alguma caso precisasse de usá-la juntamente com Vitanova. Coloquei ambas as armas em meu sinto. Atravessei até o lado oposto ao que tinha vindo. O par de lâminas cruzadas na maçaneta emitiam uma luz fraca e pouco quente. Girei-a.

Ao deixar a sala, não senti a porta se fechar, mas, ao olhar de onde tinha vindo, ela não estava mais lá; via apenas o lado do caminho que terminava tão abruptamente. Segui minha nova trilha, nada diferente pela qual vim.

E a luz, a cada passo, ficava mais intensa.

quinta-feira, 26 de agosto de 2010

Romance, Livros e Glicose - I

Era noite, a casa estava em pleno silencio, a lua cheia parecia iluminar toda a casa, e lá deitado no quarto estava ele, lendo seu livro. O rapaz parecia concentrado, mas em momentos se distraia e olhava para a lua.

Sentia dentro de seu coração um abissal vazio, porem achava-se na solidão de seu livro, o conforto. Durante um instante parou de ler o livro o colocando ao seu lado... Estava pensativo parecia longe...

A lua ao iluminar sua face parecia dividir sua face em duas, uma sóbria e a outra melancólica... Não parava de pensar. Voltava em sua mente aquela que um dia desejará e hoje não se encontra ao seu lado.

Saiu do quarto desceu para a sala, a onde à sua espera estava um copo de Uísque. sentou-se em sua poltrona ligou o som, mas a musica que tocava ele não prestava atenção. Seu corpo sentia tocado por uma aflição aguda, seu coração parecia dar-lhe socos no corpo, sua respiração se tornou ofegante, o copo da bebida não surte o efeito esperado de aniquilar seus vãos pensamentos.

Ainda sentado começa a chorar, achei que estava chorando sem motivo ou por efeito da bebida, mas não, chorava por ela, sentia ela em seus braços, porem tinha certeza que não a tinha. Os minutos se tornam horas e ele parado sem saber o que fazer. Buscou em si resposta, aquelas que jamais iria obter em sua vida terrestre e volúpia.

Voltou a realidade, subiu no quarto pegou sua jaqueta, ao lado do livro estava a chave do carro, já dentro do veiculo escutava musica na radio, seria impossível pará-lo, estava decidido, era tudo ou nada. Chegou perto de uma casa, desligou o carro e esperou, não sei se esperou por medo ou para averiguar se existia mais alguém na residência.

Não estava surpreso, não avia ninguém lá alem dela, desceu do carro silenciosamente chegou a porta e tocou a campainha. A luz da sala ascendeu e um vulto apareceu na porta. Era a moça, porem assustada ao receber a visita do rapaz, parecia não querer vê-lo.

Com genstos rápidos, se aproxima o homem da moça, e a busca em seus braços, não estava ligando pra nada e deu-lhe um beijo. Pra ela isso foi uma prova de amor, pra ela o começo da duvida, logos após o beijo a moça o convida para entrar...

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Castelos de areia desmoronam!

Muitos já me disseram que a vida ou os sonhos são como castelos de areia, que vamos construindo aos poucos, sempre tomando cuidado para que nada de perverso sobrevenha. Pois é, né...! O meu castelo já desabou... Chances de recuperá-lo? Nenhuma! Gostaria até de concretar esse bendito, morada do pesadelo.

Creio que optaria viver no castelo de Drácula, é mais confortável e adequado. Também não sei por que diabos me inventaram essa analogia, castelos areia = vida, sonhos: odeio praia e areia! Acredito que deve ter sido alguém que eu odeio - Fato!

Maldita hora em que comecei a arquitetar esse castelo, já aconselhando: não adianta almejar construir seus sonhos se não valem a pena. Eu tentei construir os meus e uns infelizes já os aniquilaram. Bem, nada mais justo que uma vingança, só que ao invés de extinguir só os devaneios deles, quem sabe eu não termine o resto e acabe com tudo de vez?

Além disso, quem sabe volto a construir meu castelo, mas agora ele irá ser de concreto, para ver se não será devastado, pois já estou sem meus sonhos, e minha vida... Entendo que reconstruindo tudo volvera ao que era antes - ou não! O importante é não desistir (eu já desisti).

domingo, 15 de agosto de 2010

Só de passagem

Estava sentada como de costume olhando para o nada. Na verdade, olhar para o nada é muito. É a coisa mais interessante para se fazer, pois me permite viajar para dentro de mim e me procurar no lugar certo. Só que desta vez alguém me tirou de lá.

Com uma risada contida e o rosto vermelho, uma chimpanzé loira de unha verde fluorescente, muito parecida com todas as outras que estampam as capas de revistas para chimpanzés, se aproximou e me disse “Ei, para de viajar na maionese e volta pra realidade. Você está parecendo uma doida.” Nesse momento, todos os chimpanzés com que convivo diariamente riram de mim. Respirei bem fundo e repeti mentalmente aquela que praticamente virou meu mantra: “EU NÃO PERTENÇO A ESSE LUGAR. ESTOU SÓ DE PASSAGEM!”.

Pensando bem, eu não pertenço a lugar algum, pois o lugar a que pertenço não é físico, e eu o posso chamar só de meu. Pelo menos é o que eu acho, é o que eu prefiro achar. O lugar a que pertenço é a minha mente, meu consciente e meu subconsciente, principalmente à esse último, harmonioso sótão de minha morada.

No meu confortável lar, sou miserável, sou rainha, sou filósofa, sou aventureira, sou maga, sou artista, sou livre, sou deus. Deus não! Isento-me dessa responsabilidade de criar as coisas, pois o que eu quero é me deixar ser inventada, não pelos ignorantes forasteiros, chimpanzés que imitam a idiotice uns dos outros sem nem ao menos saber o motivo, mas pelo imenso Teatro que guardo em meu porão e pelo Circo que se criou em meu sótão. Quero ser inventada pelos inúmeros personagens que moram comigo, dos Palhaços às Bailarinas, dos Shakespeares aos Leões, dos Trapezistas às Camponesas, dos Cavaleiros aos Dragões. Eu quero me encontrar com a minha realidade. Quanto às outras, estou só de passagem.

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

1º Pecado: Luxúria

Defino luxuria como uma critica de pobre, pois eles invejam aquilo que os outros possuem. Mas acho esquisito em muitos casos, em que pessoas que só usam produtos, em geral, de luxo e caros criticam os outros que fazem a mesma coisa. O que eles fazem não é luxuria?

Antes que me critiquem eu pergunto, quem de vocês nunca quis comprar ou ganhar algo sem extrema necessidade? Tem mais, o que você comprou, você já usou? Tem um exemplo que já vivi.

Estava comprando perfume em uma loja quando, de repente, alguém me aborda e fala, “nossa pra que gostar de usar tanto perfume? Isso é gastar dinheiro, você vai pro inferno (uma pausa rápida, vai pro inferno a senhora, porra!) isso é muita luxúria” . Respondi: “bem se eu vou pro inferno a senhora também vai, por que esta com uma sacola imensa, cheia de roupa e que não vai usar mais de duas vezes, e isso também é luxúria”.

O fato é que você não deve tomar conta da vida dos outros, e que cada um cuide da sua, pois todos nós temos nossos momentos de luxúria e jamais daremos o braço a torcer. Agora, se você usa tudo com o intuito de se mostrar, chegarás até a ser um imbecil.

Pois, como já disse, luxúria não é nada mais, nada menos, que conceito de gente pobre de espírito, que não tem nada, e também de gente que quer fazer os outros se sentirem receiosos.

quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Meu Espelho...

Por que me refletes? Já não consigo me ver, e ,ao me olhar, me deparo com estranhas figuras, nenhuma parecida com quem eu realmente sou. Todos os dias ,ao acordar, faço essa pergunta; pergunta que já substituiu o “bom dia!”.

Em meu espelho, algumas faces me intrigam: a piedade, a dor e a solidão. Será esse meu destino? Espero que não. Bem, não sei, acho que tudo que esta refletido nesse espelho é o que eu realmente sou. Próximo da dor, outras duas faces surgem, o medo e a feiúra. O medo de fazer alguém sofrer. Já a face da feiúra acaba com tudo que ainda restavam em mim.

Essa visão horrenda está se repetindo todos os dias, já não consigo fazer mais nada se não pensar nessas faces. Paro para refletir. Aquilo que eu tinha pensado antes é a pura realidade, o espelho nada mais mostrou do que eu. Já não sou mais nada.

Sei que esse espelho só me mostrou a minha crueldade, mas será que ainda resta algo de bom em mim? Acho que não, e, mesmo se eu perguntasse, jamais obteria respostas. Já estou em lágrimas. Já não suporto mais ver essas imagens, saber que já magoei alguém.

Chega! Desisto, não sei o que fazer. Já pensei em procurar amigos, mas não quero atormentá-los, e a família, que também não a quero preocupar. É melhor eu continua a me isolar. Mas antes, ainda me resta algo a fazer... pronto já quebrei o espelho!

Em pedaços, aquilo que antes me refletiu agora está quebrado, porém junto com ele foram as minhas faces e já não estou mais preso àquela solidão, àquela dor imensa. Preciso agora refletir, pensar no que eu realmente sou, aquilo que perdi ou que nunca procurei no meu coração. Será que tenho chances de mudar?

Olha, que engraçado, até aquela sensação de feiura e de dor se foram. Acho que foi a coragem que me ajudou a lutar, ou a canseira que já queria que eu largasse dela...

quarta-feira, 4 de agosto de 2010

Contos Cotidianos

“Que delícia! Está do jeito que eu gosto”, pensou ela .

O calor em seu corpo parecia ser capaz de colocá-la em combustão. Virou-se de costas, meio manhosa, o suor escorrendo-lhe pelo corpo.

“Realmente, uma delícia”, pensou.

Mas sabia que faltava algo. Tão logo imaginou esse algo, um homem surge anunciando-o.

“Homem de Deus! Parece que leu meus pensamentos.”

Levantou-se.

Assim que o avistou, e seu objeto de desejo, não conseguiu desviar os olhos. Só de imaginar, sua boca enchia-se de água. Até já podia sentir o sabor adocicado.

Ao aproximar-se do sujeito, que ainda anunciava, a já faminta mulher, apontando para o que lhe atraia, disse:

- Eu adoraria um agora!

- Mas é claro senhorita! - respondeu o homem, abrindo um largo sorriso – Tens alguma preferência?

- Um, não sei. Gosto de tudo. Creio que quanto mais doce melhor. Qual o senhor me indica?

- O de coco então. São R$ 3,00.

A mulher lhe pagou e voltou satisfeita para o seu lugar. Nada como tomar um bom picolé na praia em um tarde quente de verão!

O Maravilhoso Mundo da Crise

Quem nunca entrou e crise? Ou melhor, quantas vezes você já esteve em crise? Acho que alguém de algum lugar me escolheu para entrar em crise, isso já está me cansando. Já não consigo me sentir bem com quase nada, estou quase no fundo do poço.

Acho que essa é a pior sensação que alguém pode sentir, pois é; uma angústia; uma dor no coração até mesmo uma sensação de vazio, e a cada momento parece que essa aflição aumenta. Nunca tive tantas dúvidas de mim, muitos podem dizer que é uma bobagem, coisas de adolescente, tem gente que nem se lembra o que é isso e ainda palpita na vida dos outros.

Com certeza total, essa minha tristeza, eu já sei o motivo, o problema é como resolver, em certos momentos da vida temos que tomar decisões que podem custar muito caro. Por sorte ou não, eu compartilho desses mesmos problemas com outras pessoas, então, BEM VINDO AO MUNDO DA CRISE! Nesse mundo estão a crise: da meia idade, da velhice, as dos sem rumo, e a dos sem dinehiro e outras mais

Não que estar nesse mundo seja algo agradável, mas ele se torna curioso, e vasto, na maioria dos casos acredito eu que todos consigam sair desse mundo de crises. Esse mundo de crise é adverso e psicológico, nem sempre nossas crises têm motivos concretos.

Isso não é um momento de levanta minha auto-estima para tenta me alegrar – não, não mesmo – só estou mostrando que a crise é algo de momentos. Até porque se estou falando desse mundo que pra mim é tão escuro, e duvidoso é por que eu já estive e estou nele... Quando vou sair?... Não sei... Quem sabe quando eu realmente me descobrir.

Com cada um vivem em uma situação de crise diferente, as soluções muitas vezes é fácies, até mesmo o desejo de comer aquele doce, daquela confeitaria, pode deixar a pessoa em crise, mas tem solução.

Uma coisa que percebo, e falo isso por me observar, é que são nesses momentos, que eu quero me isolar mais do mundo, não pra não prejudicá-los, mas por intenso medo. Até tenho meus momentos de tentativas de sair dessas crises, afirmando que jamais voltarei a elas, mas é tudo mentira.

Gostaria que um dia eu pudesse sair desse mundo, talvez, quem sabe, por um tempo bem longo e indeterminado.

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Uma conversa Comigo

Por mais quente que minha alma seja, mais minha mente é gélida, não tenho esperanças, amizades? Já não posso contar mais com elas. Minha vida de nada vale, a minha família nem sabe que eu existo ainda, ESTOU NO FUNDO DO POÇO.

Mas ainda há dentro de mim algo quente, não parecer ser meu sangue, pois este nem existe, foi substituído por veneno. É algo sem explicação que por mais por baixo que eu me encontre mais ela tenta me puxa para que eu saia do buraco. São nesses momentos que me sinto brigar comigo mesmo, parece a briga entre o bem e o mal aonde os dois possuem forças tão grandes que quase si igualam sempre.

Ai eu sento mais isolado ainda do mundo, e começo a chorar, eu, desesperado, não tendo ninguém que eu posso chamar para me ajudar, acha que nem sei o que pensar... Para que pensa nessas horas?

Eis o momento que durmo, em instantes me deparo com uma forte luz, parece pegar fogo... Meu coração começa a acelera, esta descompassada. Com mais clareza e espantado vejo meu reflexo. Começo a pensa que meu cérebro esta fazendo uma brincadeira de mau gosto.

O meu EU, que esta em chamas diz ser aquilo que estou perdendo com o passar do tempo, pergunto a ele se é a esperança, ironicamente já sei a resposta, ele me disse que ele era parte da minha alma.

Com um ar de cuidado me disse que existia alguém que jamais me abandonaria, curioso perguntei quem... Com um olhar bem seco minha alma responde que a única pessoa na face da terra qual tem que me ajudar, sou eu mesmo.

Depois dessa rápida conversa, comecei a refletir mais sobre isso, vejam, se sou eu que em inúmeras vezes arrumo a confusão sou eu mesmo que tentarei achar a solução, foi a partir daí que percebi que não estava e nunca estarei só.

Acho que depois dessa conversa consegui evoluir muito mais, hoje meus amigos só me dão valor por que eu me dou valor, minha família sabe que existo hoje porque pra mim eu estou aqui, foi nesse embalo que percebi o quanto eu me odiava.

Bem, sair do poço é difícil, mas eu acho que já estou terminado de sair dele, espero não cair em outro poço... Espero um dia poder ter outra conversa semelhante a essa, ou não, pesando bem se tiver outra conversa assim acabarei levando outra bronca.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

Conferência das Cobras

Semanalmente um grupo de cobras se reúne para discutir alguns fatos, se reúnem durante a noite para não serem percebidas. Cada uma do grupo tem sempre um veneno a destilar, às vezes ficam semanas em um mesmo assunto.

Essas cobras nunca mataram ninguém... AINDA, simplesmente durante suas reuniões, destilam seus venenos, somente para desabafarem, criticar algo de errado ou até para mostra a realidade das coisas, além disso suas vítimas sempre sobrevivem ao efeito do veneno, lógico precisam de um tempo para curar as feridas, pois as presas sempre serão eternos alvos.

Se separados essas peçonhas já dão problema, juntas são a solução dos problemas. Suas vítimas em vários momento confessam ter medo delas, até entre essas malignas víboras uma ainda pode ter medo da outra.

Vítimas não parecem ter noção do que fazem, às vezes até acho que essas vítimas não têm noção do perigo, no momento que o grupo se reúne. O intrigante é que até mesmo entre elas uma destila veneno na outra, mas todas compreendem o momento de cada uma.

Por ser um grupo pequeno e muito seleto, acabam por muitas vezes desabafando e compartilhando de seu drama. Nessas horas os outros participantes do grupo tentam ajuda e procura uma solução.

Bem... Por mais que destilem seus venenos, uma coisa é certa elas são muito mais que um grupo unido com uma causa comum, são, de certa forma entre si amados, e bem queridos, por isso continuam a se reunir e sempre continuarão.

segunda-feira, 26 de julho de 2010

Epílogo de uma Existência (II)

A inscrição no anel pulsava como se todo o seu interior fosse o abrigo de uma violenta pira que nunca se apaga. Coloquei-o em meu polegar esquerdo e, instantaneamente, o frio que açoitava meu corpo naquele Caminho esquecido por todos os deuses foi rapidamente expulso e deu lugar a um calor que meu deu forças para continuar. Podia ver com mais clareza a luz que me aguardava no fim de meu caminho, seu brilho era mais intenso e, ao mesmo tempo, mais tentador.
Comecei a correr. Corri por muito tempo e, não sei se graças ao novo anel ou não, meu cansaço parecia ter sido afugentado de mim juntamente com o frio; minha espada parecia mais leve e o chão menos acidentado. Corri até chegar a uma porta. Não havia paredes para sustentá-la , ela simplesmente se erguia do chão e permanecia imóvel à minha frente. Atrás da porta, o Caminho era cortado pelo oceano à minha volta, e continuava a aproximadamente 20 metros de onde acabava. A luz continuaria fora de meu alcance por pelo menos mais algum tempo. Voltei-me para a porta. Observando-a com mais detalhes pude ver que haviam palavras entalhadas na mesma:

"Novus Vita"

Ao mesmo tempo, havia um par de lâminas cruzadas na maçaneta. O que aquilo poderia significar estava além de meu alcance, mas o instinto de desembainhar minha própria lâmina foi tão forte que o obedeci. Abri a porta, esperando nada mais que apenas ver o outro lado, mas o que me foi mostrado me arrebatou por sua simplicidade.
Uma sala branca, com algumas poucas colunas, uma porta do outro lado, e um homem cabisbaixo no meio da sala. Quando o mesmo levantou sua cabeça, seus olhos se abriram, e a sala, que a um único instante fora a essência da tranquilidade, tornou-se as ruínas de uma casa devastada, cercada por chamas e destruição por todos os lugares.
Só quando as chamas queimaram com todo o seu ardor fui capaz de reconhecer quem esperava. Eu o havia matado durante meus tempos no exército de meu país, durante um dos vários confrontos entre nós e os rebeldes que tentavam colocar um nobre, que fugiu devido à sua condenação por traição ao povo de Nova Meria, no comando de nossa recém formada pátria. Esse homem era ninguém menos que o comandante de um dos regimentos, um monstro nos campos de batalha; um monstro capaz de matar não só com a força colossal de sua espada e de seu corpo, mas também com artifícios maléficos que lhe foram atribuídos por um demônio. O único nome conhecido deste lunático era Carr.
"Da última vez que nos encontramos você era mais jovem, Miguel. E aqui estamos nós, mais uma vez, nas ruínas de sua casa, prontos para decidirmos quem continuará em seu caminho. Mas sinto falta de algumas coisas. Sinto falta do cheiro do sangue de sua esposa, e as memórias dos gritos de seus filhos está cada vez mais fraca."
"Da última vez que nos vimos você era mais medonho. Os anos nesse lugar devem ter te deixado bonzinho. Eu não deveria lhe contar isso, mas que se dane: sua irmã está sendo um grande atrativo no cidade, quase todos os soldados e homens a conhecem muito bem."
O efeito dessa última citação não poderia ter sido maior. O sorriso de insanidade que Carr trazia em seu rosto foi substituído por pura fúria e sede de sangue. O lunático começou a falar alguma coisa, mas não prestei atenção; encontrara o anel de noivado que pertencera a minha esposa. Coloquei-o no mesmo lugar onde meu anel correspondente estivera tantos anos atrás, quando meus cabelos ainda não eram tão grisalhos como hoje e minha espada ainda era conhecida como Vitanova.
Os anéis deste lado da existência têm algo a mais em sua essência. Juntamente com as memórias que fluíram deste "novo" anel, transformei-me no meu antigo eu; no que havia lutado nas guerras e confrontado Carr.
"Você poderia calar a boca e irmos direto ao assunto ou vou ter de contar tudo que fizemos com você e seus amiguinhos?"
"Desta vez não será a morte o destino do derrotado. Será o aniquilamento de sua alma!"
E, com estas palavras, o meu confronto com Carr teve sua continuação iniciada.

sábado, 24 de julho de 2010

Obsessão e Amargor

Momento antes de dormir estava na sala vendo se tinha algo de interessante, vi que estavam passando um filme, “Notas Sobre um Escândalo”, e me interessei pelo mesmo, por causa de uma simpática senhora que estava no filme.

Durante o decorrer do filme vejo que a senhora que eu achara muito simpática, não era tão apreciável quanto parecia. O filme já estava no final, porém consegui descobrir um pouco sobre velhinha.

A velha, de nome Barbara era solitária, fria, uma professora prestes a se aposentar, porém ainda mantinha um ar de prepotência. Porém com a chegada de uma nova professora que mantinha em segredo um relacionamento extraconjugal, Barbara se torna uma “amiga”, mas fica obcecada pela jovem e faz de tudo para mantê-la perto de si.

O curioso é que na mesma hora me identifiquei com a velhinha. Acho que foi pela frieza e como a boa velhinha conduzia os fatos. O interessante foi quando num momento do filme Barbara estava desesperada, e pediu para que a amiga ficasse para consolá-la. A amiga não pode ajudar Barbara, pois ia numa festa de teatro do filho.

Só que a velha ameaça a moça, e parecia fala muito sério, quando dizia que iria pagar por abandoná-la. Por ser tão grudenta, Barbara faz um diário aonde coloca estrelas e comentários sobre seus dias, quanto mais estrelas melhor seu dia.

Sinceramente, esse filme retratou muito bem como as pessoas são, digo isso aos ciumentos, possessivos, os solitários e aos amargos. Pois pensem se você está sozinho a mais de 60 anos e alguém se aproxima de você, a sua tendência é querer essa pessoa exclusivamente para você, não só nos casos dos mais velhos.

Os mais novos também são assim, até piores, o importante é não projetar no outro suas expectativas, suas carências, e sim ver no outro o que ele possui, tanto os defeitos como qualidades. Eu fico imaginado se todos são iguais a essa senhora, até que ponto alguém chegaria para sair de uma solidão que a pessoa se proporcionou.

Isso é o segundo tema, o amargor, por ser um sentimento constituído de más lembranças, traumas, ou rejeições as pessoas se fecha em um fino casulo para se proteger de todos. Quando encontram alguém que lhe de alguma abertura parecem se entregar cegamente a ponto de querer morrer pela pessoa, mas também querer ter ela a todo tempo ao seu lado.

Quando esse sentimento não é correspondido uma avalanche de emoções e ações se misturam, mais um trauma na cabeça da pessoa, um novo isolamento, ou isso se torna tão insuportável que tiramos a vida de alguém por ela não nos corresponder.

No final do filme Barbara novamente ataca, formando um ciclo vicioso. E não somos muitos diferentes, afinal, se não conseguimos com uma pessoa em algum momento, estaremos a espera de outra para nos satisfazer.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Epílogo de uma Existência (I)

Quem disse que a vida após a morte é um belo campo ou um recanto de descanso?
Morri em um abismo nos confins do mundo.
A vida após a morte, pelo menos a minha, se apresenta como uma pequena praia e um caminho levando a uma luz no final do mesmo. Tudo é coberto por névoa, o mar não tem mais seu melódico som de ondas se chocando contra a praia ou contra o caminho de pedras que jaz à minha frente.
Levantei-me da beira da praia onde tinha acordado, olhei para todos os lados mais uma vez. Minha primeira análise do lugar era verdadeira, um fino caminho de pedras - ou será que eram ossos? - cercado por todos os lados pelo vasto e silencioso oceano desprovido de qualquer sinal de vida. Uma pequena luz, que desaparecia e reaparecia em intervalos regulares, se destacava no horizonte, na direção do caminho.
Durante meus dias no mundo fui um grande viajante, e não seria em morte que minha curiosidade me abandonaria. Para minha grande surpresa, todos os meus pertences ainda estavam comigo, incluindo a espada que me foi deixada por meus antepassados. Comecei minha caminhada.
Andei por um tempo incompreensível. Notei um de meus mapas flutuando no oceano e recuperei-o. Algumas horas após tal feito, deparei-me com um homem sentado em um pequeno monte de pedras (ossos), o cansaço e o medo desfiguraram o que um dia foi o rosto de meu irmão.
- O que fazes aqui, meu irmão? Pensei que estivesse com nossa família, a salvo, em nossas terras ao sul - perguntei, sem saber ao certo por que não estava surpreso.
- Ele veio, irmão! A Revolução e seu líder sem nome destruíram tudo! Estamos todos mortos! Todos!
Antes que pudéssemos trocar mais alguma palavra, meu irmão foi puxado para dentro das águas, e, mais uma vez, apenas o silêncio restou. Tal silêncio, meu único companheiro verdadeiro companheiro, tanto em vida quanto nesta bizarra clareira ao fim do caminho, foi rompido pela seguinte voz, que soava mais como um sentença que como um aviso:
"Abandon thy journey, or face Truth."
"O que poderia estar me esperando, nesse caminho obscuro e incerto, capaz de me oferecer a Verdade? Será que finalmente encontrei? Será que vaguei por todos os cantos do mundo, à procura de Respostas, e elas me esperavam, pacientemente, em morte? Tenho de prosseguir, tenho de avançar sobre essa trilha inóspita e chegar à verdade." Com esses pensamentos determinei meu objetivo mas, antes que pudesse prosseguir, deparei-me com um pequeno anel dourado em meio a algumas pedras (ossos). Em sua parte externa lia-se a solitária inscrição:
"Principium"

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Assassina de Vermelho

À noite, surge uma dama de vermelho, uma mulher forte e fria, criada para mata, é paga pra isso, já matou presidentes, religiosos e outras personalidades. Porém pela manha é mãe de três filho, duas meninas e um rapaz do seu primeiro casamento, viúva de sete maridos.

Sendo o primeiro realmente o verdadeiro amor, os outros seis casamentos nada mais nada menos do que interesses. Durante o dia essa mulher cuida de seus filhos o protege, a noite coloca-os na cama. Ao dormirem ela recebe uma ligação, já esperava por ela novamente. Põe sua roupa vermelha, tão vermelha como sangue, nem parece à mesma pessoa.

Antes de amanhecer volta para casa com o trabalho feito, agora é só arrumar a mesa do café, e acordas os filhos. Enquanto isso a mãe cuidas dos afazeres domésticos, entre um momento e outro afia seu punhal ou recarrega sua arma.

Voltam seus filhos, o rapaz logo avisa a mãe que tem uma festa para ir à noite, despreocupada a mãe ajuda o garoto a se vestir. O garoto sair de casa, as outras crianças estão na cama, a mãe recebe uma nova ligação... Avisa que é um baile a moda de Veneza e precisa levar uma mascara para cobrir o rosto .

Chegando lá informam que a vitima usa uma mascara negra,logo parte para matar sua vitima, daria uma única facada no pescoço, antes disso iria retira a mascara da vitima para ver em seu rosto a agonia. Logo encontra a vitima, mais rápido ainda se aproxima dela, em minutos começa a conversa.

Nesse instante a assassina pede para ir a um lugar mais reservado, o homem logo se afasta junto com ela. Sozinhos de todos. Esta na hora da vitima morrer, sua faca que se encontrava escondida agora esta em mãos. Imediatamente retira a mascara da vitima...

Nesse instante seu mundo desaba a face da agonia que tanto desejava ver, era de seu filho, logo a faca cai no chão, a vitima grita, sem saber o que fazer a assassina de vermelho foge, em prantos.
Ainda em choque volta pra casa, pega uma bebida, e tenta se acalma, para que não houvesse suspeitas de nada. Seu filho chega com um ar de quase morte. A mãe o abraça forte, afirmando ter sentido algo ruim, o rapaz conta a história, sem saber que era quem o abraçava que tentara lhe mata.

Com isso desde aquele momento a assassina de vermelho, já mais foi à mesma, largará a profissão por medo, medo de ferir alguém que ama. Agora a cinco anos trabalha em um escritório... Como secretaria de um importante empresário, espere... O empresário está morto! Será que ela voltou à antiga vida?

segunda-feira, 19 de julho de 2010

Regressão, um fator genético?

Já me disseram uma vez que todo mundo tende a evoluir na vida, até acho possível que isso aconteça, mas tem gente que gosta é de regredi na vida. Então por que será que essas pessoas existem?

Pra mim a única explicação existente é para nós olharmos e não seguir esse modelo de gente, pois com certeza você ira pro buraco junto com essas pessoas. Acho que Darwin nunca pensou que existem pessoas que não evoluem, pode ser pelo fato de ter estudado só animais.

Realmente o fato de ter algumas pessoas que não gostam de evoluir e subir na vida me intriga, acho até que isso se encontra em algum código genético não descoberto por ninguém ainda. Não é possível que exista pessoas que escolham ser tão embeices e idiotas a tal ponto.

Não que evoluir seja algo de produção de proteína ou não (mas muitas vezes eu duvido que não seja). O fato de evoluir esta na cabeça das pessoas, desde o nascimento, a educação que a família da e o principal, a cabaça do sujeito. Se o individuo não tiver uma boa cabeça, aberta para varias coisas que lha são dada, como... Como a educação... Coisa difícil de ver em uma pessoa hoje.

Em minha opinião para evoluirmos, ser um pouco mais critico, não ir em conversas dos outros, analisa tudo que acontece com você, e escolher bem com quem anda é o principal. Outra coisa muito importante ensina aos seus filhos a não regredirem na vida, pois podem seriamente se tornarem futuros idiotas da sociedade.

A menos quês isso seja um fator nos genes e comprovado, por favor, não tenham filhos, isso vai prejudica a sociedade e mancha a sua imagem, se bem que mais suja acho que é impossível.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Destino

Sonhando, deparo-me com três figuras estranhas, três mulheres: uma velha, uma moça e uma menina, estranhamente alinhadas, vestes negras, olhar sombrio, e com um ar de eternidade pairando sobre elas. Parecem intocáveis, vivem sorrindo ao fazer sempre o mesmo trabalho, parecem tecer alguma coisa. Não! Não estou sonhando.

Tecem um único fio o cortam de vários tamanhos e novamente o cortam ao meio, no meio de tantos cortes e esforços que elas fazem há uma canção, parecem lamentações, choros a cada momento que passa novas vozes vão se integrando ao coro.

Não parecem se incomodam com o barulho, parecem até cantar junto com o coro, uma delas, a mais velha me da um sorriso e parece me chamar para pertos delas. Ao meu aproxima a menina me puxa.

Nesse momento recordo do meu passado... me recordo de um momento e no mesmo instante a menina se afasta e juntas, pegam o fio cortam um determinado tamanho. A mulher de meia idade me entrega uma tesoura dourada.

As três mulheres sorriem um sorriso gélido e cruel... Porém com sorrisos sinceros, nesse curto espaço de tempo minha mente se esvazia e rapidamente me aproximo do fio que está esticado por duas das três mulheres. Com a tesoura na mão não êxito, estou tão feliz quanto elas em poder cortar esse simples fio.

Pronto, o fio está cortado! Agora vejo todos rindo, com um tom sombrio, em instantes tenho a sensação de ver um vulto. Não! Tenho certeza de ver a imagem de alguém em minha frente... Assim é você! É tu, a imagem vista pela menina.

O que acontece? Parece fluida e apagada, como se estivesse morta. As três mulheres dão-me um olhar, de fato... Você está morta, mas por quê? Agora eu vejo tudo mais claro, as três mulheres não são apenas tecelãs, são as Irmãs Destino, aquelas cujo trabalho é tecer o fio da vida de cada ser existente e decidir a vida e a morte.

Era para eu estar triste, pois fui eu que decidi o seu fim, mas não estou, pelo contrário estou feliz e mais leve, você agora não é nada mais do que uma miragem, um passado muito distante agora vá! Desapareça! Minha vingança foi feita, veja agora que do mesmo sentimento que eu senti você está sentindo.

Se bem que mortos não sentem nada, pois é! Nem o doce desejo de vingança agora terá. Devolvo a dourada tesoura que pôs um fim a minha tristeza e me despeço delas. Aliviado sigo meu caminho, quem sabe não terei outra oportunidade... Acho que não...

Memória do Mundo

Uma diversão garantida para todos aqueles que se identificam com o que escrevemos neste blog consiste em:

1) Olhe ao seu redor;
2) Procure dividir todos que vir em:
a) Companheiros de causa
b) Oposição (seres irritantes que se acham superiores por fora, mas na verdade são pequenas amebas insignificantes por dentro)
3) Analise o comportamento de ambas as classes.
4) Sua diversão está garantida!

Mas para que tudo isso?
Lembremos de um momento não muito distante da história: os anos de 1960 a 1970. Pergunte-se, caro leitor, quem marcou esses anos? Quem mudou o mundo? Quem é lembrado até hoje, e provavelmente será lembrado por muito mais tempo?
Se você tem uma cérebro capaz de juntar 2 + 2, você sabe a resposta. Não foi a besta que seguiu todos os princípios impostos pela sociedade, que se viu repetindo os mesmos passos que a família fez nas últimas gerações. Foram os inovadores, taxados de "subversivos", "ameaça à família e aos valores cristãos", "rebeldes".
Os quadrados inúteis, que são nada mais do que a mais bruta de todas as formas geométricas, são deixados para trás na história, esquecidos e abandonados. As "ameaças à família e aos valores cristãos" continuaram mudando nossas vidas e, até hoje, por muitos, são considerados mais influentes do que o lixo que nossos gloriosos quadrados usam como "influências".
Pense, reflita, quem será lembrado na história:
Nossos companheiros de causa ou a grande e magna oposição?

quarta-feira, 14 de julho de 2010

Vivendo e aprendendo a jogar

Não é de hoje que os jogos atraem o ser humano. Uns dos meus jogos favoritos é o xadrez, mexer as peças para domina o oponente. O xadrez me faz lembrar de como o homem gosta de mover as coisas ao seu favor.

Destaco que manipulações interessem amizades políticas, são formas de jogos, só se muda o nome. Nem sempre quem, manipulamos são pessoas imbecis, às vezes são idiotas, outros são pessoas inteligentes até mais espertas que nós, mas por convivência acredita em nossa inocência.

Desde pequenos já manipulávamos as pessoas quando chorávamos, com certa idade temos aquelas pessoas que resolvem tudo ou você é essa pessoa. De certa forma quando jogamos com as pessoas nosso maior proposito é atingir o nosso objetivo.

Acho que nunca paramos para pensar o quanto já jogamos com nossos familiares, com o cachorro ou até mesmo com os amigos. Lembro-me de algumas vezes ter visto muita gente com a qual convivo diariamente se juntar com uma pessoa mais inteligente somente pra se dar bem nas notas.

Lógico, quanto menos coisas ele fizer e mais coisas o inteligente fizer está de bom tamanho. Podemos caracterizar isso como um ato muito ruim, CLARO! Mas nem todo jogo é ruim, já vi casos em pessoa mantinham seus interesses para ajudar os outros.

Nunca vi alguém deixar de praticar essa ação quando perde um jogo. Acho que jamais vamos perder essa habilidade, só conviver com ela e aperfeiçoa-la. Bem rezo todos os dias para continuar a aprender a jogar.

domingo, 11 de julho de 2010

Grandes Mentes

O que seria do homem sem grandes mentes? Pessoas sem super poderes capazes de pensar, projetar suas idéias e promover mudanças ao ponto de uma revolução? Essas mentes se caracterizam por comportamentos contrários aos impostos a eles. Na maioria das vezes essas pessoas não participam de nenhumas instituições. Grandes mentes nascem e jamais são substituídas.

Dentre essas pessoas que se destacam estão os grandes filósofos da antiguidade, grandes pensadores, primeiros a pensa na sociedade ou ETHOS. Logo em seguida, um dos grupos mais bem elaborado: os políticos -não aqueles corruptos que conhecemos sem clichê, por favor...-. Mas aqueles que de alguma forma trabalharam para o rumo de uma sociedade ou de um mundo.
Destaco também os artistas, pintores, escritores, músicos, cineastas, poetas, todos que contribuíram com pensamentos, críticas e inovações em suas respectivas áreas. É a falta dessas pessoas que causa o declínio de uma sociedade.

De um modo irônico, também não posso deixar de falar sobre as mentes que não fazem nada e só prejudicam organizações ou desestruturam qualquer coisa útil. Estas não estarão sendo comentadas por não merecerem, apesar de conhecemos muitas delas (presidentes, escritores, coleguinhas, etc.)

Aqui vão alguns os meus favoritos pensadores:







Winston Churchill

Ministro do Reino Unido e verdadeiro amante das boas coisas. Combateu com avidez o nazismo. É uma grande mente, pois com um humor ácido e uma incrível habilidade consegue vencer a guerra e muda o rumo da historia ao lado de outras potências.


Henry Ford
Criou um dos meios de transporte mais usado no mundo, criou a linha de montagem, lógico mais tarde essa técnica foi aprimorada, mas serviu de base para alguém.












Maquiavel
Simplesmente um gênio, organizou as idéias em um livro de como um rei devia governar um país sem sair do poder, pena que nem todos leram... Mas com certeza foi uma mente muito superior.













Ágata Christie
Uma assassina nata, uma pena que desenvolve seus assassinatos no papel, suas histórias já intrigaram muitas pessoas, uma mestra na arte da escrita.
















Elizabeth
Rainha da Inglaterra, filha de Henrique VIII, uma absolutista incomum, pois em meio de um parlamento controlou seu país com rédeas curtas e promoveu com excelência o desenvolvimento de sua nação.

quinta-feira, 8 de julho de 2010

Orpheu

Diante de sua musica melancólica, me rendo em sua lira. A mesma canção que me alegra me entristece, as duras faces de quem chora se tornam flácidas quando te ouvem, nessa ilusão todos nossos medos e demônios são inexistentes. A paz de seus dedos me emociona me toca o coração.

Sim Orpheu! Assim como você já perdi muito, já perdi meu amor, a dor não mais me acompanha só as vagas lembranças, do meu infortúnio. Mas em tua canção ainda encontro esperança, mesmo que distante tento me agarra nela.

Mostra-te tão arrependido de não obedecer as ordens, eu? Pelo contrario gostaria de ter renegado por aqueles instantes todas as regras, mesmo assim não fui capaz, agora novamente tua sonata se torna melancólica igual às lamurias daqueles que sofrem em seus castigos.

Mesmos eu que não desobedeci nada, sou castigado pela dor, a distancia me machuca, a fraqueza me consome, semelhante a musica que tocas. Percebo que mudaste a nota, seria pelo seu bem amado? Não! Mudou a nota, pois esta cansado, de tanta tristeza que te rodeia.

Agora tudo parece mais limpo, o campo parece mais aberto, as flores parecem se embalar pela sua musica o vento agracia teus dedos, tua musica novamente me reconforta. Pare! Não me faça chora, já não tenho mais forças, já não aguento me ver nesse estado.

Sua musica continua a me reconforta, agora sim me vejo saindo do meu mundo sombrio, você conseguiu, me tirou da minha eterna culpa, retirou tudo que eu achava de errado. Sou lhe grato por isso Orpheu sabe que mesmo diferentes um do outro, compartilhamos de uma tristeza, por não saber que caminho trilhar.

Vejo-me agora feliz. Espere! Tudo volta a fica escuro tua musica volta a fica melancólica porque muda a nota? Assim volto do meu sonho, me vejo ao lado dos meus demônios, os mesmos que distante ficaram enquanto a sua lira tocava Orpheu.

Já nem o escuto mais, já ficou perdido no campo, no tempo, novamente eu e ele estávamos na solidão, o instante que se tornava um absinto agora se torna o mais amargo veneno. Bem voltarei a revelo a tocar sua lira.

Quem sabe nós não conseguiremos sair desse vazio e buscar novamente a felicidade? Enquanto isso voltará a dormi pensando nos momentos que ainda me restam e que ainda guardo no coração, como hoje.

Amanha quem sabe junto a minha confusão de sentimentos, procurarei a felicidade que perdi.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

Ooohhh Idiota... Tá na cara!

São impressionastes como as pessoas deixam as coisas mais óbvias passarem despercebidas, e são coisas tão óbvias parecendo que as pessoas fazem ou pouco caso ou deixam o assunto pra ultima hora. Queria ao menos poder ter uma explicação científica pra essa cegueira.

Infelizmente nem todos percebem as coisas na mesma velocidade que gostaríamos claro, quanto mais rápido melhor, só não ser uma tartaruga pra perceber as coisas que fica tudo ótimo. Amigos toupeiras, namorados cegos, futuros namorados mais cegos ainda, são pessoas que entram com 100% de certeza na lista de idiotas.

E tudo isso gera uma bola de neve, isso para não dizer que vai dar merda, porque vejam. Quando alguém deixa explicito algo, se a pessoa que é o alvo percebe tudo fica um mar de rosas, porém se a pessoa não perceber nada tudo vira um pesadelo, pessoas choram, querem mata a pessoa (... Irônica) ou às vezes querem só desabafar.

Me dá muita vontade de afunda a cara do indivíduo, como que o idiota não percebe NADA ABSOLUTAMENTE NADA, isso é palhaçada. E pior, perguntam: “ACONTECEU ALGUMA COISA?”, não sua anta foi um grão de poeira que caiu no meu olho.

Ai é nessas horas que realmente devemos nos apegar aos nossos amigos e rezar para Deus dar paciência porque se der força, pode mata. Com os nossos amigos vamos chora, chora ,chora e tudo depois fica melhor. Se tudo continua na mesmice desengana a pessoa não percebeu as suas intenções, se um dia a pessoa der conta da merda que fez se, não o perdoe, pratique a tortura.
Não a nada que uma boa vingança para limpa nossa alma, ou quem sabe pratique o novo modelo de terceirização de ameaças. Garanto-te funciona, às vezes sai melhor do que o esperado. Se nada disso der certo procure o meio fio mais perto ou um buteco e tome 500 doses de Tequila, “Esse remédio não falha!”.
AH! Ia me esquecendo, aos cegos: por favor acordem cambada, está em suas caras imbécis.

terça-feira, 6 de julho de 2010

POR QUE O "ESPÍRITO SANTO" ENGRAVIDA A MULHERADA E NUNCA ASSUME O FILHO?

E aí galera, estou pela primeira vez, escrevendo a heresia da semana.

E vou fazer a pergunta de novo: “ Por que diabos, o “espírito santo” sai por aí engravidando a mulherada e nunca assume o filho?"( Aí você pensa: AI DROGA! depois da pervertida da Cleópatra inventar de usar a tripa de porco, conhecida hoje como camisinha, alguém ainda ENGRAVIDA SEM QUERER?).
A resposta é simples: Pagar pensão está caro! Sério. Na hora de enfiar, tirar, e colocar de novo ninguém pensa nisso!! Afinal de contas, as Marias Madalenas (não regeneradas, claro) que estão por aí só engravidaram porque calcularam errado a tabelinha...mas é claro, não precisa de PDS (pílula do dia seguinte), considerando que o cara tem a proteção do divino e é amigo do Homem. Acontece com todo mundo, mas com ele não, (porque ele sabe dar aquela seguradinha na hora H).
Pra que usar camisinha, PDS, ou anti concepcional? Afinal de contas, as Marias, Lúcias, Fulanas que engravidam por aí de um cara que é um espírito (porque ele nunca vai aparecer em pessoa pra ver o moleque, é o dinheiro, e olhe lá) são umas coitadas, apedrejadas por uma sociedade adepta ao uso da tripa de porco, (hj em dia, feita de borracha e chamada de camisinha), ao uso de distúrbio hormonal em cartelas (dado no posto de saúde por sinal). Essas coitadas precisam ser apresentadas aos métodos DADOS pela porcaria do SUS, de modo que, se o “espírito santo” aparecer de novo, pro ato propriamente dito, é claro que é o que o dito cujo vai fazer (exemplo: olha como ficou a coitada da Maria...).
Então moçoilas, se não conseguem segurar nem o “espírito santo”, nem a periquita, não custa tentar nada diferente da tabelinha.

Bom, acho que é isso galera.
Até a próxima ; )

segunda-feira, 5 de julho de 2010

Amizades erradas, confusões na certa

Começo perguntando, "O que leva uma pessoa aguenta um estorvo nas costas?" Lógico às vezes não temos com quem conversar ou saber das novidades da escola, levando a nos apegamos a uma pessoa quem nem sempre é das melhores. O que ainda mais me intriga, fazendo meu cérebro fundir, é que a pessoa reconhece que a outra não presta e continua conversando.

Claro! Não descarto a possibilidade de uma amizade política, mesmo assim, em muitos casos, parece que não é e nunca será uma amizade política. Nesses casos, pessoas que são sentimentais sempre serão as perseguidas por estorvos.

Essa semana está evidente essa situação. Acho que ainda existêm pessoas que têm o prazer de realmente sujar sua imagem e fazer de conta que não veêm e quando veêm, fingir de santo. Repito: não que essas pessoas sejam desmerecidas, mas elas mesmas se desvalorizam como pessoa.

Sou da opinião de que se você quiser entrar na merda, entre sozinho, não incomode os outros, isso tira qualquer pessoa do sério, mas só algumas são capazes de fazer algo contra. Pois pensem ficar com alguém a semana inteira ou mais até na sua orelha contando dos problemas que causou e não das soluções que arrumou -é um saco-.

Bem, para aqueles que desejam se livra desse tipo de gente, começo aconselhando a nunca prestar atenção na pessoa, diz que Deus não dá asas a cobra, devemos seguir os mesmos passos Dele. Ser sincero com a pessoa, deixando explicito que não quer se envolver com as confusões da mesma também ajuda e muito. Poderia sugerir um pouco de ironia e sarcasmo pra acompanha, mas acho que não seria vantajoso e sim prejudicial.

Se caso nenhumas das soluções dadas resolvam, pedir a Deus um raio para partir a cabeça do indivíduo no meio é uma boa... Mas acho que a melhor solução de todas é NÃO SE ENVOLVA COM QUEM TE TRÁS CONFUSÃO E NÃO RESOLVE-AS.

quinta-feira, 1 de julho de 2010

Um Brinde a Loucura

Às vezes me pergunto por que não brindamos a loucura, brindamos quando estamos felizes, ou porque o ano novo chegou ou porque aquela pessoa conquistou seus sonhos.

Mas se pensarmos bem a loucura também deve ser comemorada, pensem, ela esta sempre com a gente em todos os momentos, e em vários ela se liberta de sua imunda e obscura prisão que se encontra nas profundezas da mente, e revela- se na maior parte inspiradora. Claro que às vezes ela nos trás problemas.

Mentirosos são a pessoas que afirmam jamais ter conhecido esse doce sentimento, a loucura por ser um sentimento guardado quando liberada pode se mostram de diversas formas, raiva, uma vontade imensa de afoga um na privada, tomar um vidro de calmante para poder se livra do que realmente te incomoda ou às vezes e não muito raros em forma de afecto e desejos repentino.

Não confundam loucura com insanidade mental, são coisas diferentes. O insano é uma variação extremista do louco que apresenta sinais de necessidade de um médico.

Acredito que muitas vezes é na loucura que encontramos resposta pra nossas angustias e dúvidas. Digo isso com muita propriedade, já que em vários momentos já passei por crises de loucura ou ajudei amigos com o mesmo tipo de problema.

Como toda explosão de euforia, a loucura em um determinado tempo ela se equilibra com a razão ou a realidade imposta pela sociedade aonde vivemos. Esse texto parece discurso de um revolucionário, NÃO! De fato não sou revolucionário, mas defendo causas nobres aonde o psicológico humano é frágil e precisa de uma ajudinha.

Bem... Acho que depois desse momento dramático vou tomar um café para me anima e ouvir uma boa musica em companhia da solidão (quem sabe a solidão não seja o próximo tema?)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

No embalo de uma confusão a noite

Ultimamente tenho presenciado cenas peculiares de pessoas que fazem burrada por causa de um rolo. Em meus comentários vou ser bem conservador, mas é acho incrível como as pessoas se colocam como vitimas de coisas que elas mesmas proporcionam, a frase que eu já escutei mais vezes em uma semana "Eu amo ele, mas fiquei com outro!". Juro que isso faz meu cérebro frita, como alguém ama a pessoa e fica com outra e depois se arrepende? Seu eu fosse o arrependimento eu mataria essas criaturas primeiro.

Isso tudo nem é a pior parte, o pior dessas historias ridículas é que tem gente que começa a soluça de de chorar e durante a semana fala a mesma coisa 500 vezes, porra fez merda e agora ta querendo que eu resolva? Não sou responsável por você não criatura, acorda!!

Há outro caso muito bom, quando a pessoa tenta fazer de tudo pra que o amor de sua vida fique ideal a sua vontade, quando quebram a cara falam que vão termina choram semanas achando que ele tem que muda por sua causa. Agora fala serio acorda hein !? Se você acha ou tem em mente muda alguém que você ama pra aquilo que acha ser ideal para te supri vai morrer tentando.

Por isso não fique colocando a desculpa no outro, lógico as vezes ele pode ter alguns erros, mas repensa atos é uma boa ideia. Outra coisa fundamental se quiser conversa com seus amigos sobre seus problemas com o o seu namoro, seja honesto com ele ou pelo menos tente e não fique na orelha deles o tempo todo por causa da besteira que você fez durante uma festa, isso irrita qualquer ser humano em consciência.

sábado, 19 de junho de 2010

Dentro do espelho

Já sonhou que a unica coisa à sua volta eram espelhos, inúmeros, vários, incontáveis? Cada um refletia um você diferente, um universo diferente.
Para minha surpresa, consegui contar e ver todos os meus "eus" diferentes no último sonho. Eram 7, todos muito diferentes um do outro.

O eu nº 1, o covarde

Esse foi o meu primeiro destino. o que vi dentro do espelho que mostrava esse meu eu era um tanto quanto bizarro, pouquíssimas coisas à volta dele. Quando tentei falar alguma coisa, ele se afastou, afastou, afastou, até que não consegui mais vê-lo, mas pude senti-lo me observando.
"O covarde" não tem a quem recorrer, e muitas vezes é a fonte da mais absurda solidão existente, quase intolerável. Apesar disso, ele é uma parte do que eu sou, tenho de lidar com ele assim como lido com as demais personalidades.

O mundo do caos, o cretino

Provavelmente o meu "eu" mais latente e evidente para quem não me conhece bem. O habitat natural desse ser monstruoso é um ambiente cheio de desastres e cataclismos. Todas as suas respostas são secas, ríspidas e impiedosas. Muitos sofrem diariamente as chibatadas de suas frases cruéis e inóspitas.
Talvez "o cretino" seja apenas um mecanismo de defesa para "o covarde", mas tenho a garantia que essa não é a pior criatura que vive dentro de mim.

O labirinto das tribulações, domínio do cruel

Creio que essa seja minha pior personalidade, principalmente quando de se junto com "o cretino". Esse ser genuinamente mal não garante exceções para ninguém que cruze seu caminho. Meus amigos, colegas e familiares me rotulam, principalmente, levando em conta esse ser.
Tenho algum controle sobre ele, mas não sobre suas consequências. Note que não estou me livrando da culpa pelas ações do "cruel", afinal, ele sou eu, eu sou ele.

A livraria, casa do mudo

Outro ser que compõe minha imagem pública. "O mudo", chamado de "O MAIOR NERD DE TODOS OS TEMPOS" pelos leigos, é a parte de mim que raciocina e estrutura todo o pensamento lógico, matemático e científico. Ao contrario do "covarde", ele não foge quando alguém se aproxima, apenas observa.
Suas principais manifestações públicas são através do "cretino" e do "cruel", e, raramente, mesclando características desses outros dois, torna-se o ser mais absolutamente insuportável de todo o Universo. Imagine impiedade, crueldade, maldade e argumentos em uma unica frase e você terá a mais provável imagem desse estado bizarro.

O justo

Não sei se posso chamar isso de uma outra personalidade. "O justo" se manifesta, quase sempre, junto com quase todas as personalidades. Seu objetivo é puro e simplesmente moderar todos os outros "eus", suprimindo manifestações exageradas e extremas de cada um.

A casa com a lareira, morada do bom

Poucos, na realidade, pouquíssimos, conhecem esse homem.
"O bom" é a manifestação contrária ao "cruel", está presente apenas em situações onde um toque de humanidade e gentileza são necessários e, como o meu ambiente de todos os dias é um lugar mais propício e fértil para "o cretino". Apenas os verdadeiros amigos já viram "o bom".

As planícies do andarilho

Uma verdadeira definição de inexplicação. "O andarilho" é a personalidade mais estranha que possuo, sem sombra de dúvidas. Mais de uma vez esse ser me fez colocar os pés dentro de sapatos para começar minhas andanças pelo mundo. É um ser inquieto, que não escolhe lugar, hora ou por que se manifestar, apenas se manifesta.
"O andarilho" é uma oferta tentadora. Andar, andar e andar, apenas para poder descobrir o que há além das montanhas e dos rios, desvendar o que realmente existe e o que realmente eu procuro nesse mundo.
Ironicamente, nenhum outro dos meus "eus" é capaz de reter e subjugar esses impulsos frenéticos e abandonar o sedentarismo. Apenas "o mudo".

sábado, 8 de maio de 2010

Is it all worth it?

Depois de qualquer dia que passamos olhamos para ele e pensamos sobre o que fizemos. O tempo não descansa, nossas vidas mudam e o que acontece conosco também. Mas será que tudo isso vale a pena? Será que todos os nossos dias sobre esse ponto infinitamente insignificante no universo até hoje valeram a pena? E os outros que ainda estão por vir, valerão a pena?

Cada momento que nos deixa é diferente do anterior. Muitos deles são sacrifícios, provações, mágoas, tristezas e sofrimentos. Outra grande parte são momentos inertes, que não contribuem em nada para que nossa existência tenha sentido. Então para que existir? Para sofrer?

A resposta é NÃO. O pouco tempo restante que temos supera de maneira assustadora tudo de ruim que acontece conosco. Esses poucos instantes que nos fazem bem são o verdadeiro sentido de viver, de pensar, de lutar, de existir. Não falo de momentos grandiosos como salvar o mundo de um vilão cliché e sem caráter, ou de se tornar o maior acionista de uma empresa que transforma brita em diamantes.

Falo de coisas pequenas, simples, sem nenhum caráter épico ou utópico. Um abraço, um beijo, uma palavra terna, apenas estar com alguém que signifique algo para você. Cheguei a estas conclusões após um dia com esse meu alguém; sempre pensei que tudo valeria a pena no dia que fizesse algo que marcaria não só a mim mas a todos ao meu redor. Hoje vi que não é bem assim. Todas as minhas lutas e meus confrontos são apenas caminhos para que eu realize o quanto esses momentos especiais de que falo são importantes e singulares.

E você, intrigado leitor, "will you fight this never ending fight?"

segunda-feira, 3 de maio de 2010

A vida é uma caixinha de surpresas

É impressionante como a vida pode nos surpreender. Um dia estamos todos na solidão de nossas próprias mentes, a pensar em questões triviais como: que dia eu vou ter de ir visitar meus parentes; ou quando é a próxima consulta ao oculista. Até que um dia tudo é abalado por uma única coisa.

Nossos conceitos, prioridades, ideias e rotinas são mudados radicalmente. Não por pressão de alguém ou de alguma situação, mas por livre e espontânea vontade. Mudamos muitas vezes sim por razões maiores do que nós, mas aquelas que nós mesmos provocamos são as que nos fazem sentir melhores, completos.

Essa completação que sentimos pode ser um sonho realizado ou alguma outra coisa do gênero. Mas nada se compara a encontrar alguém que importa para nós. Esse alguém que importa para mim mudou meu mundo de tal forma que hoje, sua existência é uma parte indispensável do meu "eu".

Não importa o que eu faça, diga ou pense, nada vai mudar o fato de que ao encontrar alguém importante, encontrei também uma razão para continuar adiante e poder ver as outras surpresas que essa caixa infeliz ainda guarda para mim.